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A espera chegou finalmente ao fim e a Nvidia bem pode respirar de alívio. O GPU GF100, ou Fermi, existe para além dos rumores e conhece na GTX 480 a sua primeira derivação em termos de placas gráficas. Outras vão seguir-se, nomeadamente a mais acessível GTX 470, mas para já este monstro de 480 núcleos CUDA é a mais possante oferta baseada em processadores gráficos Nvidia suportados na nova plataforma Fermi.

Inicialmente idealizada para um lançamento anterior ao já longínquo Natal de 2009, a resposta DirectX 11 à família AMD HD 59xx foi alvo de inúmeros atrasos e adiamentos, o que fez com que se suspeitasse a determinada altura que alguma coisa teria corrido muito mal para a Nvidia.


GPU IMPERFEITO

De certo modo, e apesar de a GTX 480 representar a oferta topo-de-gama da tecnologia Fermi, existem de facto alguns aspectos imperfeitos em torno dos wafers de 40 nm da Nvidia. Na verdade, o chip GF100 apresenta um total de 512 cores CUDA (até aqui conhecidos como stream processors ou shader units) divididas por 16 streaming multiprocessors (SM). Ora, a GTX convive com “apenas” 480 unidades de processamento CUDA, o que dá razão de ser ao rumor de que a Nvidia terá sacrificado alguns dos shaders para melhorar a capacidade dos wafers de 40 nm.

Mas é claro que a Nvidia não concorda que seja isto que está na base dos atrasos do lançamento desta placa baseada na tecnologia Fermi. O fabricante defende que a culpa é dos atrasos que a tecnologia DirectX 11 tem conhecido, mais concretamente da maior e mais falada palavra em torno da API gráfica da Microsoft: Tesselation. Em poucas palavras, a tesselation é uma técnica que aumenta numa grande margem o número de triângulos ou de outros elementos que permitem formar a geometria dos objectos apresentados no ecrã.

A Nvidia encara a tesselation como a grande esperança para fazer avançar os jogos para PC, a ponto de esperar meio ano só para se assegurar de que teria a melhor arquitectura para tirar partido do DirectX 11. Apesar de poder parecer uma estratégia arriscada, poderá afinal vir a compensar. A AMD também se assegurou de que teria placas gráficas prontas e à espera para avançar no arranque do DX 11 (embora não tenham chegado às lojas devido a alguns problemas de produção), mas em termos relativos de arquitectura as diferenças são bem evidentes – a única unidade de tesselation dos chips Cypress da AMD é pouco quando comparada com as 16 unidades de tesselation agrupadas em cada SM da plataforma Fermi, o que não deixa grandes dúvidas quanto à visão que a Nvidia tem relativamente ao futuro dos gráficos para PC.

Tendo isto em mente, espera-se que, ao contrário do que aconteceu aquando do lançamento das primeiras placas DX 10, esta placa topo-de-gama continua a ser uma peça útil quando surgirem os primeiros jogos totalmente DX 11, mais baseados na tesselation. Já surgiram títulos como STALKER: Call of Pripyat e DiRT 2, mas não se podem considerar mais do que versões DX 11 “light”, fazendo uso de uma pequena parte da enorme capacidade que ainda está por explorar. Isso poderá ser possível, por exemplo, com Metro 2033, que é o primeiro jogo a ter personagens modelados com tesselation, o que faz com que pareçam extraordinários quando observados em pormenor.


TEM OU NÃO CONCORRÊNCIA?
No entanto, os testes com o benchmark Metro 2033 deixaram a GTX 480 de rastos quando elevámos todos os efeitos e fixámos a resolução em 2560 x 1600. A placa será capaz de correr os jogos DX 11 que se seguem, apenas talvez não o consiga fazer com resoluções muito elevadas. Ainda assim, a HD 5870 usada como termo de comparação teve de se esforçar mais do que a GTX 480 neste capítulo, obtendo piores resultados. Isto leva-nos a concluir que a nova placa da Nvidia é mais rápida que a HD 5780, o que faz todo o sentido – iria a Nvidia esperar seis meses para apresentar uma placa mais lenta que a concorrência? Claro que não.

De resto, o benchmark DX 11 Heaven da Unigine representa um teste que permite incorporar de uma forma pesada e demonstrar de uma forma hábil o poder da tesselation. Na resolução HD padrão de 1920 x 1080, a GTX 480 é 35 por cento mais rápida do que a HD 5870. E em STALKER: CoP ela é duas vezes mais rápida do que a placa da AMD. Portanto, neste confronto particular a GTX 480 vence com alguma margem a HD 5870.

No entanto, nem tudo são rosas quando comparada com outro modelo AMD, e neste combate verifica-se que, afinal, a nova GTX 480 não é a placa mais rápida da actualidade. Ou antes, poderá ser a mais rápida em termos de placas gráficas com um só GPU, mas de facto a HD 5970 com dois processadores gráficos consegue batê-la em termos de desempenho absoluto, perdendo frames por segundo para a GTX 480 apenas em STALKER: CoP e DiRT 2 . Nos benchmarks Haven e Metro 2033, a HD 5970 mostra uma vantagem, ainda que relativa, mas suficiente para lhe conferir este título. De resto, relembre-se que, nesta matéria, a AMD combate com apenas duas unidades de tesselation (uma por cada GPU Cypress), ao passo que a Nvidia GTX 480 recorre a 16 unidades de processamento. Convém aqui também relembrar que a GTX 480 está equidistante entre as duas HD em termos de preço, custando cerca de 100 euros mais face à 5870 e cerca de 100 euros menos relativamente à 5970. Não se trata, pois, de uma placa acessível, mas não deixa de ser menos verdade que fica longe da fasquia de qualquer uma das concorrentes aqui analisadas, o que nos leva a uma conclusão interessante – a GTX 480 acaba por não concorrer directamente com este ou aquele modelo, pois compensa o que custa a mais com o que dá a mais num caso e o que dá a menos com o que custa a menos no outro. Por exemplo, isso não acontece com a GTX 470, cujo preço foi pensado para precisamente combater a gama HD 5870.

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APOSTA SEGURA

A GTX 480 é seguramente uma boa placa não só pelo desempenho mas também pela micro arquitectura. Como vimos, o poder dos pipelines DX 11 desta placa apenas é ultrapassado pela arquitectura de duplo GPU da topo-de-gama AMD HD 5970, ao passo que a HD 5870, com uma plataforma de processamento equivalente, perde para a nova topo-de-gama da Nvidia.

No entanto, as coisas poderão mudar em breve caso a AMD reveja em baixa o esquema de preços praticados no mercado, o que a acontecer não seria propriamente uma surpresa, tendo em conta os vários exemplos do passado. Por outro lado, e porque a AMD também vive de alguns rumores, fala-se numa iminente HD 5890 e numa bastante provável HD 5970 com overclocking de fábrica.

É difícil tentar adivinhar o que poderá fazer a Nvidia para ultrapassar a HD 5970 – o uso pleno dos 512 cores CUDA poderá ser uma solução, eventualmente numa futura GTX 485 ou algo do género. Mas poderá resultar o feitiço contra o feiticeiro, pois nesse caso certamente que os preços iriam disparar para níveis (ainda mais) astronómicos. Por outro lado, os nossos testes revelaram que a GTX 480 já é, mesmo assim, mais gulosa em termos de consumo energético do que a HD 5970 de duplo GPU, para além de ter atingido uns espantosos (pelas piores razões...) 94ºC em carga.

No entanto, tudo isto são meras suposições. De volta à realidade, é evidente que a GTX 480 é uma placa que veio para ficar e que o GPU Fermi é muito mais modular do que os GT200 que começam agora a sair progressivamente de cena, o que deixa à Nvidia boas perspectivas até para criar uma oferta de gama média muito interessante sob o ponto de vista preço/desempenho.








FABRICANTE NVIDIA | PREÇO 490 EUROS (REFERÊNCIA) | SITE WWW.NVIDIA.COM
FICHA TÉCNICA ELOCIDADE NO CORE 1848 MHZ; VELOCIDADE SHADER 1401 MHZ; 1536 MB GDDR5; VELOCIDADE MEMÓRIA 701 MHZ; INTERFACE MEMÓRIA 384 BIT; CONECTORES ENERGIA 8 PIN + 6 PIN; INTERFACE PCI-E


Fonte: PCGuia

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